Que comunicação é essa?
Meu povo, gostaria de alertá-los para uma questão importantíssima, para nós, jornalistas. Esse texto é de uma amiga minha, estudante da UESC-BA, e é um parecer sobre a iniciativa do governo baiano pró-conferência nacional em 2008 (com uma conferência estadual) e o apoio que o governo tem dado neste ano, nas vésperas da realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (I Confecom).
Em itálico, eu gostaria de dar destaque a um trecho do texto que foge um pouco a localidade da questão conferencial baiana e atinge diretamente a todos nós, comunicadores. Parabéns pelo texto, Karen! =]
Conferências 2008 x 2009
Karen Oliveira, aos companheiros do interior 18.11.2009
"A Bahia realizou neste último final de semana (14 e 15) a etapa estadual da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom)."
Alguém ai percebeu que é a PRIMEIRA? "... 1ª Conferência Nacional de Comunicação)".
No processo de construção da etapa Estadual da I Confecom, diferente da I Conferencia Baiana de Comunicação realizada em 2008, nem tudo foram flores, borboletas e céu azul. Aliás, nada foi.
Desde o princípio enfrentamos o boicote do setor empresarial as reuniões da C.O., o que engessava o processo e impedia decisões. A má vontade do governo que a todo tempo afirmava que não teria dinheiro suficiente para organizar a conferência e muito menos para ajudar a mobilização do interior. E por fim a falta de compromisso do Ministro das Comunicações em publicar os decretos e documentos necessários para legitimar as ações locais e estaduais para construção da CONFECOM.
E porque toda essa má vontade? Resumiria dizendo que a Comunicação, chamada por alguns de quarto poder, "na história deste país" é o PRIMEIRO Poder.
Um poder concentrado na mão de poucos, servindo a interesse de poucos, e que seus profissionais são vistos pelos espectadores como heróis e pelos patrões como escravos, tendo que se submeter a cumprir várias tarefas e receber por uma só, além de vender sua potencialidade no discurso pra linhas editoriais dominantes (e os empresários ainda querem falar de liberdade de expressão).
Um poder opressor, que criminaliza o pobre e diz que ele se encontra naquela posição porque quer, que diz que todo vagabundo é maconheiro, ou "melhor", que todo maconheiro é vagabundo, que diz ao trabalhador pra comprar uma bicicleta ou voltar andando pra casa pra economizar com transporte, e ao pequeno burguês pra comprar seu carro porque o transporte público vai continuar aumentando e oferencendo um serviço sem qualidade, e por ai vai.
Em 2008 a Bahia sai na frente, com apoio financeiro, mobilizações territoriais, tirada de delegados, fazendo caderno de resoluções e tudo mais, mostrando que é um Estado preocupado com a democratização da comunicação. Que o diga as campanhas publicitárias do governo e as diversas (sim, estou sendo irônica) empresas responsáveis por ela.
Em 2009 a Bahia sai, a muito custo (diga-se de passagem), com ligações as vésperas para confirmar transporte pro interior, com nenhuma certeza de onde nos alojaríamos e principalmente, com nenhuma das resoluções de 2008 fora do papel.
Mais que clara a diferença entre Campanha e real interesse do governo de "Todos os nós".
Tirados os delegados, Brasília se aproximando e nós comunicólogos já descobrimos onde nos inserimos neste processo? Onde se encontra a parte SOCIAL da nossa comunicação?
Não fique esperando pela conferência para fazer a sua parte, ou não venha me falar de ética e DIPLOMAS ! "
Em itálico, eu gostaria de dar destaque a um trecho do texto que foge um pouco a localidade da questão conferencial baiana e atinge diretamente a todos nós, comunicadores. Parabéns pelo texto, Karen! =]
Conferências 2008 x 2009
Karen Oliveira, aos companheiros do interior 18.11.2009
"A Bahia realizou neste último final de semana (14 e 15) a etapa estadual da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom)."
Alguém ai percebeu que é a PRIMEIRA? "... 1ª Conferência Nacional de Comunicação)".
No processo de construção da etapa Estadual da I Confecom, diferente da I Conferencia Baiana de Comunicação realizada em 2008, nem tudo foram flores, borboletas e céu azul. Aliás, nada foi.
Desde o princípio enfrentamos o boicote do setor empresarial as reuniões da C.O., o que engessava o processo e impedia decisões. A má vontade do governo que a todo tempo afirmava que não teria dinheiro suficiente para organizar a conferência e muito menos para ajudar a mobilização do interior. E por fim a falta de compromisso do Ministro das Comunicações em publicar os decretos e documentos necessários para legitimar as ações locais e estaduais para construção da CONFECOM.
E porque toda essa má vontade? Resumiria dizendo que a Comunicação, chamada por alguns de quarto poder, "na história deste país" é o PRIMEIRO Poder.
Um poder concentrado na mão de poucos, servindo a interesse de poucos, e que seus profissionais são vistos pelos espectadores como heróis e pelos patrões como escravos, tendo que se submeter a cumprir várias tarefas e receber por uma só, além de vender sua potencialidade no discurso pra linhas editoriais dominantes (e os empresários ainda querem falar de liberdade de expressão).
Um poder opressor, que criminaliza o pobre e diz que ele se encontra naquela posição porque quer, que diz que todo vagabundo é maconheiro, ou "melhor", que todo maconheiro é vagabundo, que diz ao trabalhador pra comprar uma bicicleta ou voltar andando pra casa pra economizar com transporte, e ao pequeno burguês pra comprar seu carro porque o transporte público vai continuar aumentando e oferencendo um serviço sem qualidade, e por ai vai.
Em 2008 a Bahia sai na frente, com apoio financeiro, mobilizações territoriais, tirada de delegados, fazendo caderno de resoluções e tudo mais, mostrando que é um Estado preocupado com a democratização da comunicação. Que o diga as campanhas publicitárias do governo e as diversas (sim, estou sendo irônica) empresas responsáveis por ela.
Em 2009 a Bahia sai, a muito custo (diga-se de passagem), com ligações as vésperas para confirmar transporte pro interior, com nenhuma certeza de onde nos alojaríamos e principalmente, com nenhuma das resoluções de 2008 fora do papel.
Mais que clara a diferença entre Campanha e real interesse do governo de "Todos os nós".
Tirados os delegados, Brasília se aproximando e nós comunicólogos já descobrimos onde nos inserimos neste processo? Onde se encontra a parte SOCIAL da nossa comunicação?
Não fique esperando pela conferência para fazer a sua parte, ou não venha me falar de ética e DIPLOMAS ! "
quinta-feira, novembro 26, 2009
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